quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Oxóssi: o Rei da Caça e do verde das matas
Oxóssi é o Orixá da caça, do verde, das matas, é o Orixá da fartura, o grande caçador é ele quem traz para o homem as plantas curativas. De natureza telúrica vibra sobre tudo que nasce sobre a terra, exceto as plantas tóxicas e venenosas. É um vencedor, traz para o povo a sobrevivência , a fartura, a cura das doenças pela natureza, a saúde plena.
O povo da Bahia ligou Oxóssi a São Jorge, festejado em 23 de abril. No Rio de Janeiro, em São Paulo e no sul do País ele foi sincretizado com São Sebastião e seu dia é 20 de janeiro. Seu dia é a quinta feira, sua cor é o verde misturado ao branco. Podemos estabelecer uma associação entre Oxóssi e Mercúrio, o Deus romano do comércio, bem como seu correspondente grego Hermes. Todos eles representam mudanças, o movimento, tudo o que é novo e vibrante. Ligado as alterações mentais e físicas, Oxóssi é o constante movimento da natureza, que está sempre em evolução.
A liberdade e a independência são importantes para seus filhos que prezam muito sua autonomia e são infelizes quando tolhidos. Um aspecto negativo de sua personalidade é a sua indiscrição em relação as outros e a vida alheia.
Pela sua conotação mercuriana Oxóssi pode ser associado ao Arcano II do Tarô, os Enamorados. “A primeira relação que pode ser estabelecida refere-se a uma prova vencida, àquele que foi testado e conseguiu provar seu valor, encontrando dentro de si a força para enfrentar a dúvida:” sou ou não capaz?”. Inconstante muda muito de interesse e tem tendência a se deixar seduzir pela novidade. O conflito que o Arcano indica acima refere-se muito mais as decisões emocionais do que materiais. Seus filhos envolvem-se com suas emoções e transformam-se através delas. Tem o dom da comunicação, suas mudanças são discutidas, analisadas a nível consciente e realizam a cura de seu ego ambíguo.
O Físico e o Temperamento
Seus filhos são alegres e joviais, muito falantes, nervosos e inseguros ,embora não transmitam essas emoções, pelo contrário sua companhia é agradável e estimulante. A simpatia que ele irradia faz com que sempre esteja rodeado por um grupo ativo e dinâmico. Místicos e intuitivos, são dotados de notável rapidez mental, gostam de ouvir conselhos e orientações, mas esquecem tudo na hora de agir, torna-se então precipitado e sem lógica por vezes indeciso, acompanhá-lo não é fácil.
Tem muitos amigos, mas não gosta de intimidade excessiva, é amável e acolhedor, mas reserva-se bastante. Deixa-se levar por elogios, o que lhe traz alguns dissabores, fala e escreve muito bem, exímio coordenador de atividades, distribui bem as tarefas de cada um, só que para ele nunca sobra nada para fazer embora pareça ser o mais ativo de todos. É inventivo e original em seus planos, é astuto e sagaz, mas também é impaciente com os lentos, com os calmos e reflexivos, deixando para trás aqueles que não acompanham seu ritmo ativo. Movimento e mudanças são uma constante para ele, suas idéias mudam quando menos se espera,nada está estabelecido, tudo é passível de sofrer alterações. Aprecia discussões pelo prazer de vencer intelectualmente idéias opostas as suas, é afetuoso generoso e sensível, mas atitudes apaixonadas e ardentes não fazem parte deste arquétipo, ele se interessa mais pelos aspectos intelectuais em suas relações. A monotonia entedia o filho de Oxossi, que precisa sempre ser estimulado, esses estímulos são trazidos pelas inovações e mudanças, assim ele consegue manter-se interessado e produzir. Como é um pensador independente tem dificuldade em aceitar opiniões diferentes das suas, trabalhar em equipe é desgastante se tiver que enfrentar conflitos constantes.
Amor e Casamento
Muito sentimentais, os filhos de Oxóssi precisam do conforto do amor, mas quando se envolve e percebe que sua liberdade fica comprometida recua assustado, mas quando bem harmonizado intelectualmente, e sentindo-se livre mantém-se num relacionamento estável. Provavelmente, quem inventou o casamento em casas separadas foi um filho de Oxóssi . Sua personalidade independente exige que ele tenha um canto só seu onde nada e ninguém o perturbe, ali ele se reequilibra e recupera seu delicado sistema nervoso, ele é como o mercúrio: ele desliza, é difícil mante-lo estável , quando é comprimido foge e se divide, só pode ser controlado, nunca pressionado. É atraído pela beleza, pelo otimismo, pela inteligência e pelo bom humor. Aprecia que seu companheiro tenha interesses diversos dos seus, sente-se então enriquecido pelas experiências que lhe são relatadas, os desafios em conjunto o fascinam, já uma pessoa rígida com poucos objetivos pessoais o entedia. A vida familiar pode ser uma boa base para o filho de Oxóssi, desde que seja estimulado em suas idéias e tenha livre expressão o convívio com a família será revigorante para ele. Os assuntos secretos, o ocultismo e o esoterismo o atraem, um relacionamento cármico será possível para ele, pois está aberto a reconhecê-lo em todos os níveis, tirando dele o aprendizado necessário. A vida amorosa não tem para ele a mesma importância que para os filhos de outros Orixás. Com o tempo alguns podem até decidir se tornarem celibatários por convicção.
Trabalho e Dinheiro
O filho de Oxóssi tem aptidões múltiplas, gosta do estímulo mental constante e procura sempre novidade no que faz, essas características norteiam sua vida profissional. Quando tem um projeto em andamento, sua atividade redobra e é capaz de gastar muita energia para desenvolvê-lo. O esgotamento que a dedicação intensa ao trabalho provoca é capaz de afetar seu sistema nervoso sensível.
O filho deste Orixá precisa aprender que para construir uma carreira bem sucedida é preciso que ele seja prático no seu idealismo, essa realidade é às vezes um pouco difícil de ser encarada por ele. O perfeccionismo, a minuciosidade e a imaginação que põe em seu trabalho faz com que seja o melhor em sua especialidade. Responsabilidades monótonas e burocráticas deprimem o seu espírito, ele está melhor situado em um trabalho onde puder traçar planejamentos e realizar mudanças. Toma decisões rapidamente é e bom para enfrentar crises, mas distraído com pequenos detalhes.
Saúde
O sistema nervoso do filho de Oxóssi é muito sensível, é o primeiro a refletir o seu desequilíbrio físico. A insônia é um problema pra esse filho, pois impede que repouse seu cérebro ativo como deveria, ele raramente consegue dormir o necessário. Acidentes, ferimentos, contusões, pancadas que atingem seus ombros, braços, mãos e dedos são freqüentes, bem como danos às pernas e aos pés. Os pulmões, intestinos e o estomago são órgãos que costumam apresentar alguma fragilidade. Artrite e o reumatismo também podem afligir a saúde dos filhos de Oxóssi.
O homem de Oxóssi
Pouco conservador possui múltiplos interesses não analisa qualquer assunto por um tempo maior, sua atuação seria, partindo do interesse que algo lhe provoca, observar, emitir um conceito próprio e ir adiante, atrás de novidade. Não consegue se deter tempo suficiente para conhecer profundamente algum assunto,mais conhece um pouco de tudo. Gosta de companhia, faz parte do seu temperamento alegre. As crianças o adoram, dá bastante liberdade e as estimula a variar a suas atividades, embora seja falho no lado disciplinar. Não é ciumento e não quer ser alvo de ciúmes nem quer que sua liberdade seja tolhida por causa dele, alguns filhos de Oxóssi com problemas emocionais e profissionais passam por períodos de depressão, pode ser vitima de tramas traiçoeiras e pode ter atos e palavras mal interpretados.
Mulher de Oxóssi
A filha de Oxóssi é uma intelectual, embora administre bem o seu lar passa pouco tempo dentro dele, prefere o ambiente profissional ou a vida em sociedade. O homem que se casa com essa mulher casa com muitas mulheres diferentes ao mesmo tempo, pode surpreender sempre é criativa divertida, curiosa por qualquer novidade, fiel e dedicada, variar é seu ponto forte a parte física de uma relação é a que menos interessa a mulher de Oxóssi ela se aproxima de alguém que a atraia mental e espiritualmente. Gosta de discutir é muito temperamental é petulante e fala para ferir quando está brigando. Como mãe é maravilhosa. Ensinara os filhos a independência, será imaginativa e amorosa e organizara para eles muitas atividades estimulantes . A traição não está na natureza da filha de Oxóssi ela já mais sacrificaria lar e filhos por uma aventura.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Cultura nunca é demais: Candomblé Ketu
Candomblé Ketu (pronuncia-se queto) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, uma das Religiões afro-brasileiras.
No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia. Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.
Teve inicio em Salvador, Bahia, de acordo com as lendas contadas pelos mais velhos, algumas princesas vindas de Oyó e Ketu na condição de escravas, fundaram um terreiro num engenho de cana. Posteriormente, passaram a reunir-se num local denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Jeje-Nagô pretextando a construção e manutenção da primitiva Capela da Confraria de Nossa Senhora da Barroquinha, atual Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha que, segundo historiadores, efetivamente conta com cerca de três séculos de existência.
No Brasil Colônia e depois, já com o país independente mas ainda escravocrata, proliferaram irmandades. "Para cada categoria ocupacional, raça, nação - sim, porque os escravos africanos e seus descendentes procediam de diferentes locais com diferentes culturas - havia uma. Dos ricos, dos pobres, dos músicos, dos pretos, dos brancos, etc. Quase nenhuma de mulheres, e elas, nas irmandades dos homens, entraram sempre como dependentes para assegurarem benefícios corporativos advindos com a morte do esposo. Para que uma irmandade funcionasse, diz o historiador João José Reis, precisava encontrar uma igreja que a acolhesse e ter aprovados os seus estatutos por uma autoridade eclesiástica".
Muitas conseguiram construir a sua própria Igreja como a Igreja do Rosário da Barroquinha, com a qual a Irmandade da Boa Morte manteve estreito contato. O que ficou conhecido como devoção do povo de candomblé. O historiador cachoeirano Luiz Cláudio Dias Nascimento afirma que os atos litúrgicos originais da Irmandade de cor da Boa Morte eram realizados na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, templo tradicionalmente freqüentado pelas elites locais. Posteriormente as irmãs transferiram-se para a Igreja de Santa Bárbara, da Santa Casa da Misericórdia, onde existem imagens de Nossa Senhora da Glória e da Nossa Senhora da Boa Morte. Desta, mudaram-se para a bela Igreja do Amparo desgraçadamente demolida em 1946 e onde hoje encontram-se moradias de classe média de gosto duvidoso. Daí saíram para a Igreja Matriz, sede da freguesia, indo depois para a Igreja da Ajuda.
O fato é que não se sabe ao certo precisar a data exata da origem da Irmandade da Boa Morte. Odorico Tavares arrisca uma opinião: a devoção teria começado mesmo em 1820, na Igreja da Barroquinha, tendo sido os Jejes, deslocando-se até Cachoeira, os responsáveis pela sua organização. Outros ressaltam a mesma época, divergindo quanto à nação das pioneiras, que seriam alforriadas Ketu. Parece que o “corpus” da irmandade continha variada procedência étnica já que fala-se em mais de uma centena de adeptas nos seus primeiros anos de vida.
Essas confrarias eram os locais onde se reuniam as sacerdotisas africanas já libertas (alforriadas) de várias nações, que foram se separando conforme foram abrindo os terreiros. Na comunidade existente atrás da capela da confraria foi construído o Candomblé da Barroquinha pelas sacerdotisas de Ketu que depois se transferiram para o Engenho Velho, ao passo que algumas sacerdotisas de Jeje deslocaram-se para o Recôncavo Baiano para Cachoeira e São Félix para onde transferiram a Irmandade da Boa Morte e fundaram vários terreiros de candomblé jeje sendo o primeiro Kwé Cejá Hundé ou Roça do Ventura.
O Candomblé Ketu ficou concentrado em Salvador. Depois da transferência do Candomblé da Barroquinha para o Engenho Velho passou a se chamar Ilê Axé Iyá Nassô mais conhecido como Casa Branca do Engenho Velho sendo a primeira casa da nação Ketu no Brasil de onde saíram as Iyalorixás que fundaram o Ilê Axé Opô Afonjá e o Ilê Iya Omin Axé Iyamassé, o Terreiro do Gantois.
Oxalá - Oxalufã
Fonte: Wikipédia
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
A Pressa é Inimiga da Compreensão
Caboclo Pery - Médium Mãe Iassan
É impressionante a pressa que alguns médiuns iniciantes tem, em mal entrar em um Terreiro de Umbanda, e já "sair incorporando". Entendemos a pressa do médium em "começar a fazer caridade", mas é fundamental que se entenda que não é somente "dando incorporação" que a caridade é feita. Além do mais, se este for mesmo o tipo de mediunidade da pessoa, há que se esperar e se certificar de inúmeros fatores antes de "colocar o médium para dar consulta".
É claro que cabe ao Dirigente explicar e orientar que tudo tem seu tempo e sua hora, que o desenvolvimento mediúnico não ocorre exatamente igual com todos... mas muitas pessoas ficam dizendo que antes de entrar para o terreiro incorporavam "por nada", no trabalho, na escola, lendo, etc, praticamente exigindo ou "culpando" o Terreiro por não estar incorporando agora.
Por que isto acontece? Simples. Enquanto o médium não entra para uma corrente, a sua mediunidade fica absolutamente sem disciplina e sem doutrina, a partir do momento que ingressa, que passa a fazer parte da corrente de um terreiro, tanto médium quanto entidades passarão por um processo de adaptação e aprendizado, que visa disciplinar tanto um quanto outro. Além do mais, como ter certeza que era realmente incorporação e não simples animismo, ou descontrole emocional e nervoso?
É fundamental esse tempo, para que todas as orientações possam ser absorvidas e compreendidas.
Apressar qualquer processo de desenvolvimento mediúnico, querer queimar etapas, que se existem, são importantes, é certamente colocar em risco todo o processo.
Lições que deveriam ser absorvidas, são apenas ultrapassadas, sem a devida confirmação de aprendizado.
Precipitar o processo pode acarretar em desânimo e frustração no futuro, pode transformar um bom médium num embusteiro, num vaidoso e talvez até fazendo com que se desvie do caminho, culpando a Umbanda pela incompetência do dirigente em explicar e orientar e do médium em esperar.
Além do mais, quando isto acontece é justamente para se ver a determinação do médium, se ele realmente deseja fazer caridade, ser umbandista, ou está apenas empolgado.
Portanto lembrem-se, quando tratamos de desenvolvimento mediúnico falamos em processo, onde a pressa é inimiga da compreensão e, conseqüentemente, da evolução.
Mensagem psicografada por Mãe Iassan Ayporê Pery,
dirigente do CECP publicada no livro Umbanda - Mitos e Realidade (disponível em PDF)
Conhecimento nunca é demais!!!
História do Candomblé
O candomblé e uma religião que teve origem na cidade de Ifé, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubas. Seus deuses são os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país: Essú, Ògun, Osossì, Osanyin, Obalúaye, Òsúmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Oba, Ewa, Osun, Yemanjá, Logun Ede, Oságuian e Osàlufan.
O pai ou a mãe de santo é a autoridade máxima dentro do candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumam o cargo para o qual estão destinadas. Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixás para que cumpram seu destino.
Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixás são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses.
Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres também escolhidas pelos Orixás para cuidar deles e ajudá-los. Embora seja considerada autoridade dentro da roça, não podem ser Yalorixás, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vem os Ogans, que tocam o atabaques e ajudam o Babalorixá nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintas os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazerem o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que “rasparam o Santo”, ou melhor, rasparam a cabeça para um Santo a pedido deste.
Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não necessidade que haja esta “incorporação” para que uma pessoa raspe o Santo. Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode ser sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios.
O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e ricaem preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo.È necessária muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da religião. Seus preceitos são todos fundamentados e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios. Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer muita paz e felicidade.
O pai ou a mãe de santo é a autoridade máxima dentro do candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumam o cargo para o qual estão destinadas. Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixás para que cumpram seu destino.
Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixás são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses.
Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres também escolhidas pelos Orixás para cuidar deles e ajudá-los. Embora seja considerada autoridade dentro da roça, não podem ser Yalorixás, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vem os Ogans, que tocam o atabaques e ajudam o Babalorixá nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintas os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazerem o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que “rasparam o Santo”, ou melhor, rasparam a cabeça para um Santo a pedido deste.
Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não necessidade que haja esta “incorporação” para que uma pessoa raspe o Santo. Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode ser sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios.
O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica
Origem do Candomblé: Ifé
- BOSQUETE SAGRADO D’IWINRIN: encerra numeroso tesouro artístico, testemunhado, na maior parte, uma arte extremamente realista e refinada. Uma delas é de um personagem com 1,60 m de altura, sentado num banco redondo, esculpido em quartzo e provido com um braço curvado para dentro em forma de anel. Apóia o braço em um tamborete retângulo com quatro pés, sendo ladeado por dois outros de igual tamanho natural, um dos quais tem na mão a extremidade de uma vestimenta cortada.
Supõe-se que o artista tenha manuseado a argila cruaem separação. Depois de concluído foi seca ao sol e cozida numa imensa fogueira ao ar livre, obtendo uma terracota de cor uniforme.
Supõe-se que o artista tenha manuseado a argila crua
- BOSQUTE SAGRADO OSONGONGO: os arqueólogos descobriram uma variedade de esculturas de argila cozida e a maior parte de uma mesa micácea. Entre elas está a cabeça da própria OSONGOGON, porém menos refinada do que a de LAJUWA.
Ao lado desta escultura, há numerosas outras representando personagens com deformações físicas, uma delas com elefantíase nos testículos (doença ligada intimamente ao espírito dos negros e à impotência sexual), objeto de tratamento com rituais especiais. Nos funerais, a liturgia era feita por um sacerdote da antiga sociedade ORO, tida aos “ocidentalizados” como forma monstruosa.
O principal achado e o vaso do ritual destes funerais, decoradoem relevo. Revela certos ritos e insígnias religiosas de Ifé. Vêem-se com os efeitos: Edans (bastões de bronze, utilizados pelos membros da Sociedade OGBONIS na cerimônia secreta), um bastão de ritual com uma espécie de espiral saliente em ambos os lados, um tambor, um objeto com dois crânios na base, um machado e dois personagens sem cabeças.
Ao lado desta escultura, há numerosas outras representando personagens com deformações físicas, uma delas com elefantíase nos testículos (doença ligada intimamente ao espírito dos negros e à impotência sexual), objeto de tratamento com rituais especiais. Nos funerais, a liturgia era feita por um sacerdote da antiga sociedade ORO, tida aos “ocidentalizados” como forma monstruosa.
O principal achado e o vaso do ritual destes funerais, decorado
- BOSQUESTE SAGRADOS DE ORE: possue abundantes esculturas de homens e animais. O grupo principal é constituído de duas estátuas humanas, a maior é chamada IDENA, o porteiro.
IDENA usa um colar de perolas (contas), diferente dos demais usados em estátuas de terracota. Na cintura ostenta um laço e tem as mãos entrelaçadas. A cabeleira não é esculpida, mas representada por pregos de ferro fincados, como acontece na arte de Ifé. -BOSQUETE SAGRADO DE ORODI: encontra-se nele uma estátua de pedra com a cabeça e o corpo enfeitado com pregos, similares aos que ornam Idena. Tem na mão direita uma espada e na esquerda um abano. Está situada em Enshure, província do Ado Ekiti.
IDENA usa um colar de perolas (contas), diferente dos demais usados em estátuas de terracota. Na cintura ostenta um laço e tem as mãos entrelaçadas. A cabeleira não é esculpida, mas representada por pregos de ferro fincados, como acontece na arte de Ifé. -BOSQUETE SAGRADO DE ORODI: encontra-se nele uma estátua de pedra com a cabeça e o corpo enfeitado com pregos, similares aos que ornam Idena. Tem na mão direita uma espada e na esquerda um abano. Está situada em Enshure, província do Ado Ekiti.
Criação do Reino de Ifé
Fonte: Revista Orixás o Segredo da Vida.;nº 1
Osalufã foi avisado para fazer uma oferenda ao Orixá Essú antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um Orixá Funfun, Oxalufã se achava acima de todos e sendo assim, negligenciou a oferenda. Essú descontente , resolveu vingar-se de Osalufã, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo alternativa Osalufã furou com seu Apaasoro o tronco de uma palmeira. Um líquido refrescante dela escorreu, era o vinho de palma. Ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo.
Olodumaré, vendo que Osalufã, não cumpriu sua tarefa, enviou Odùdùwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Osalufã estava embriagado, Odùdùwa recebeu o direito de vir e criar o mundo. Após Odùdùwa cumprir sua tarefa, os outros deuses vêm se reunir a ele, descendo dos céus graças a uma corrente que ainda se podia ver, segundo a tradição, no BOSQUE DE OLOSE, até há alguns anos.
Apesar do erro cometido, uma nov chance foi dada a Osalufã: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigíveis, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros.
Odùdùwa interveio novamente, anulou os monstros gerados Osalufã e criou os homens bonitos, sãos e vigorosos, que foram insuflados com vida por Olodumaré.
Esta situação provocou uma guerra entre Odùdùwa e Osalufã. O ultimo foi derrotado e então Odùdùwa tornou-se o primeiro ONI (rei) de Ifé. Distribuiu seus filhos e os enviou para criar novos e vários reinos fora de Ifé.
Mais tarde os Orixás retornaram a Orum, deixando na terra seus conhecimentos e como deveriam ser cultuados seus toques, comidas e costumes, para que fossem cultuados pelos seus descendentes. Então o ser humano começou a fazer pedido aos Orixás e para que cada pedido fosse atendido eles ofereciam comida
Ao
O povo continua fazendo oferendas aos Orixás até hoje, pois os Orixás procuram sempre fazer o melhor para as pessoas.
O círculo dos deuses é constituído segundo o número 16, número sagrado no candomblé. Ele se encontra em toda parte: no numero de búzios, no númerode chamas da lâmpada dos sacrifícios, na numeração dos membros físicos e psíquicos, quer dizer, das forças e das partes que possui o homem na organização hierárquica.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
'Presentes às Águas' homenageira Yemanjá
O Lago do Cantinho do Forte, na Passagem, em Cabo Frio foi o local escolhido para a realização do evento “Presentes às Águas”, realizado no dia 2 de fevereiro, que teve o objetivo resgatar e valorizar a procissão marítima de “Nossa Senhora dos Navegantes”; dar visibilidade ao Presente de Yemanjá, já realizado pelos praticantes das religiões afro-brasileiras; homenagear a ancestralidade brasileira, que teve no mar sua última morada durante a travessia do atlântico, no período das grandes navegações e tráfico negreiro.
O evento contou com a participação do Ilê Asé Ya Omin Ogun-té, único terreiro cujo Orixá que rege suas atividades é Yemanjá – a rainha das águas. Na ocasião, a yalorisá Geralda de Yemanjá recebeu seu orixá que abençoou o evento e os participantes.
A organização do “Presente às Águas” foi realizada a partir da parceira e participação de entidades como a Superintendência de Promoção da Igualdade Racial (Suppir), o ICABO - Instituto Cutural Afro-Brasileiro Olufon Deyi, a Colônia de Pescadores de Cabo Frio, a Associação de Pescadores da Gamboa, as comunidades de terreiro de Cabo Frio, o Fórum de Religiosidade Afro-brasileira da Região dos Lagos e as Instituições de Movimento Negro da Região dos Lagos. “Realizamos reuniões na sede do Ilê Asé Ya Omin Ogun-té, onde os representantes dos diversos terreiros de Cabo Frio e demais entidades se juntaram para detalhar o evento. Esse acontecimento foi idealizado por mim há muitos anos e agora, com a graça de Oxalá e da minha mãe Yemanjá podemos realizá-lo com sucesso, a exemplo da Bahia e também do Rio de Janeiro, locais onde o ‘Presente às Águas’ é feito todos os anos”, disse a yalorisá Geralda de Yemanjá.
O evento resgatou tradições, costumes e crenças tanto do catolicismo quanto das religiões afro-brasileiras, com apoio e participação de todos os segmentos religiosos. A idéia é fazer com que a ocasião seja a maior manifestação religiosa em prol da liberdade de crença e respeito aos praticantes de todas as religiões, atraindo turistas e ativistas dos Direitos Humanos e constituindo-se em enriquecimento à diversidade cultural em nosso município e em toda a região.
No dia 2 de fevereiro, em todo Brasil , em cidades que têm no mar sua principal fonte de inspiração poética, artística, cultural, econômica, turística e histórica, assim como Cabo Frio, religiosos e turistas comemoram e participam dos festejos à Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá. Duas capitais brasileiras têm nesse dia suas principais festas religiosas: Porte Alegre e Salvador.
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